Meus companheiros amados,
não vos espero nem chamo:
porque vou para outros lados.
Mas é certo que vos amo.
Nem sempre os que estão mais perto
fazem melhor companhia.
Mesmo com sol encoberto,
todos sabem quando é dia.
Pelo vosso campo imenso,
vou cortando meus atalhos.
Por vosso amor é que penso
e me dou tantos trabalhos.
Não condeneis, por enquanto,
minha rebelde maneira.
Para libertar-me tanto,
fico vossa prisioneira.
Por mais que longe pareça,
ides na minha lembrança,
ides na minha cabeça,
valeis a minha Esperança.
Cecília Meireles, in 'Poemas (1951)'
Recado aos Amigos Distantes
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3 comentários:
Eu sei que andamos na tua cabeça mas...
nem imaginas a falta que nos fazes a todas.
Beijocas
Amiga Dina,
Lindo poema para nos demonstrar o quanto nós contamos na sua vida!
Gostei imenso e acredite que sentimos a sua falta quando não aparece!
A propósito esta sua "cara" está muito interessante!
Um beijinho amigo.
Querida Dina,
Parece que fugiu de vez... Será que tem a "policia à perna"? ahahahaha
Volte depressa que faz muita falta.
Um grande e muito amigo beijinho.
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