Vejo-me triste, abandonada e só
Bem como um cão sem dono e que o procura
Mais pobre e desprezada do que Job
A caminhar na via da amargura!
Judeu Errante que a ninguém faz dó!
Minh'alma triste, dolorida, escura,
Minh'alma sem amor é cinza, é pó,
Vaga roubada ao Mar da Desventura!
Que tragédia tão funda no meu peito!...
Quanta ilusão morrendo que esvoaça!
Quanto sonho a nascer e já desfeito!
Deus! Como é triste a hora quando morre...
O instante que foge, voa, e passa...
Fiozinho d'água triste... a vida corre...
Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"
Hora que passa
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Querida amiga Dina,
Foste buscar um poema da Florbela tão deprimente...
Não que não seja lindo, eu adoro tudo que é da Florbela Espanca, mas fico a pensar se não reflecte o teu estado de espírito.
Diz-me lá que não...
Beijinhos
Ná
Olá Dina!
Sei que decidiu ausentar-se,mas mesmo assim venho deixar-lhe uma joca gorda :)
Joca gorda
Lena
Amiga Dina,
Sei que andas muito ocupada...espero que esteja tudo a voltar ao normal.
Se tiveres um momento, vai ao Sempre Jovens, um amigo especial apreciaria um abraço teu, especialmente hoje.
Beijos
Fernanda Ferreira (Ná)
Olá Amiga Dina,
Venho pela primeira vez visitá-la e gostei do que vi, parecendo-me, no entanto, pelas escolhas dos poemas, que são lindos, que está a atravessar por momentos fatigantes que desejo passem depressa.
Virei mais vezes pode crer!
Um beijinho amigo.
Luís
Luís o problema neste momento é apenas a falta de tempo...e optei por actualizar mais vezes o outro blogue e deixar este mais parado.
Se for ao Coisas Simples vai perceber porquê.
Olá Dina,
Cá estou de volta e vou visitar Coisas Simples como me convidou. Vou gostar concerteza.
Um beijinho amigo.
Enviar um comentário