Música pimba relaxa



Devido ao carácter simples das suas letras, conclui um estudo

A música «pimba» alivia tensões diárias e combate o stress provocado pela sociedade moderna, devido ao carácter simples das suas letras, que as pessoas cantam para «espantar os males da vida», conclui um estudo, agora editado em livro.

Esta é uma das conclusões apresentadas no livro «O Pimba - Um fenómeno musical», de Francisco Manuel Marques, um professor de Educação Musical de Beja, que é foi lançado esta quinta-feira naquela cidade alentejana.

Editada pela Sete Caminhos, a obra baseia-se na tese de mestrado defendida Francisco Marques, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidad e Nova de Lisboa, que versou sobre o fenómeno do género musical «pimba», através de um estudo de caso que incidiu em 30 canções do cantor Emanuel.

O lançamento do livro deverá contar com a presença de Emanuel, o cantor escolhido pelo autor para basear a sua investigação por ter celebrizado o termo «pimba», ao utilizá-lo num dos seus maiores êxitos, a canção «Pimba, Pimba», de 1995.

«Foi o Emanuel que personificou este género pimba, surgido a partir do meio da década de 90 e, por isso, peguei em 30 das suas canções e analisei as suas várias características, entrevistando e acompanhando também o próprio cantor e o seu staff, em espectáculos musicais, explicou hoje à agência Lusa Francisco Marques.

Toda a recolha de dados foi efectuada entre 2000 e 2001, mas o investigador considera que se mantêm «perfeitamente actuais», o que justifica a sua edição em livro, até porque «continua sem existir qualquer outro estudo científicos obre este género musical».

Para Francisco Marques, a música «pimba», encarada como «um tipo de música que reúne determinadas características», sem qualquer sentido «pejorativo ou negativo», é um tema «actual», porque «ainda agora está na berra» e desperta o interesse das pessoas, «sejam críticos ou os mais fervorosos fãs».

«É também pertinente, porque não estava estudado, e é um assunto polémico, pois, se há muita gente que não gosta, mas também há quem a adore», acrescenta, frisando que, como investigador, não lhe «cabe dizer se a música é boa ou má».

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